terça-feira, 27 de março de 2018

Povos da Europa na Antiguidade: norte da fronteira do Império romano

Povos do norte do Império romano: alguns exemplos durante a sua longa história

Gauleses

Habitações europeias não-romanas na Antiguidade


Germano

Guerreiro não-romano e legionário

Povos não-romanos europeus
       Os povos que habitavam a Europa Ocidental – a exceção dos povos gregos e macedônios – tinham organizações sociais, econômicas e políticas semelhantes entre si. Estes povos, a maioria habitava o norte das fronteiras do Império romano, eram organizados em tribos, e clãs, em que o chefe aparecia somente em período de guerra.
       Os clãs podiam ser tribos formadas por pessoas de uma mesma origem ou conjunto de famílias que acreditavam ser de um ancestral comum
       Comitatus: termo latino que especifica uma relação entre o chefe guerreiro e seus vassalos. É considerada uma das principais características da Idade Média por ser uma relação baseada na honra e na lealdade.
       Os povos não-romanos tinham uma organização bastante diferente dos romanos, pois o chefe só se mostrava com este cargo quando em período de guerra, pois não possuíam um Estado para controlar suas vidas
       A economia era baseada na Agricultura com cultivo de vários artigos, tais como trigo e feijão.

A religião dos povos não-romanos

       Os povos não-romanos eram considerados pagãos, ou seja, os romanos, depois de se tornarem cristãos, os viam deste modo. Assim, pagão é todo povo não-cristão.
       Estes povos eram politeístas, e os seus panteões eram variados, de acordo com o povo. Assim, os deuses celtas não eram os mesmos dos deuses gauleses, que eram diferentes dos deuses germanos etc.
Os deuses mais conhecidos – inclusive pela mídia – são os deuses dos germanos ou dos nórdicos. Exemplos destes deuses são: Odin, Loki, Thor, Baldr, dentre outros.

Thor




Créditos das imagens para autores e sites de pesquisa








domingo, 25 de março de 2018

Aula powerpoint cultura romana e romanos


Aspectos Culturais
Esta postagem corresponde as aulas e Roma e cultura romana durante o Império (26 de março de 2018) para a turma 7E da E.M. Rachide da Glória Salim Saker
Europa: Roma e demais territórios europeus à época do Império
 Roma antes do cristianismo
       A História de Roma é bastante extensa e a organização social mudou com esse tempo. Os slides a seguir correspondem ao período imperial, levando em conta também o período cristão. Em poucos slides não dá para fazer um levantamento completo da cultura romana, mas dá para se ter uma ideia.
       Além dos romanos, a cultura de outros povos estará aqui contemplada para que se possa ter uma compreensão mais global da Europa deste período.
O Império Romano:
Aspectos religiosos
       Os romanos eram, até o século I d.C, politeístas. Seus panteões de deuses, durante o Império, eram formados por uma mistura de deuses de um panteão romano próprio e de semelhantes aos do panteão grego. Na verdade, pode-se dizer que eram os mesmos, já que durante a expansão, os romanos ocuparam a Grécia e absorveram bastante de sua cultura.
       Assim, temos deuses como Netuno (Poseidon), Baco (Dionísio),  Juno (Héra), Vênus (Afrodite), Júpiter (Zeus).
       Com a expansão do Império, outras divindades de outras culturas foram absorvidas. É o caso do deus persa Mitra.
       Importante observar que durante o Alto Império, os deuses podiam simbolizar a grandiosidade do império romano, pois exigiam uma postura urbana e civilizatória; os templos e rituais eram comumente encontrados e celebrados nas cidades.




O contexto político

A formação do Império
O Império romano foi formado a partir da crise do período anterior, chamado de República. Dentre os fatores da crise, podemos afirmar que a expansão do território romano permitiu um aumento das terras a serem ocupadas, a um controle maior das terras pelos patrícios (concentração de terras e renda) e ao consequente empobrecimento dos plebeus, que não conseguiam adquirir riquezas com a expansão.
       Além disso, houve um grave desemprego, especialmente na cidade de Roma, graças ao aumento da mão de obra escrava (a principal forma de aquisição de escravos neste período era através das guerras)
       Isso levou a uma grave crise política, com sucessivos governos instáveis (os dois triunviratos e a Ditadura de Júlio César)
       A conclusão política: do último triunvirato, Augusto surge como primeiro Imperador romano

Arquitetura e Urbanismo
       O Império romano é conhecido por suas formidáveis construções. Suas cidades eram, em sua maior parte, construídas em um sentido lógico e racional em que os seus cidadãos podiam circular por ela sem maiores problemas, já que havia um planejamento urbano bastante desenvolvido para a época.
       Durante o Império, diversas edificações foram criadas pelos romanos. São características comuns a grandiosidade e o luxo. Fóruns, Banhos públicos, complexos de jogos (tais como o Coliseu e o Hipódromo) são exemplos destes tipos de construção.
       As casas eram construídas também verticalmente, e variavam de aspecto de acordo com a riqueza do seu dono.
       Os aquedutos eram parte importante no processo de urbanização dos romanos, especialmente em territórios secos e/ou áridos (tais como a Palestina), pois levavam a água necessária para a vida dos moradores das cidades
       Outros elementos do urbanismo das cidades são os templos aos deuses e os anfiteatros .
       A cidade de Roma e de Pompéia são exemplos da forma racional da arquitetura de Roma. Entretanto, a capital do Império vai se tornar mais desorganizada à medida que o êxodo rural, o aumento demográfico e a desigualdade social vão se tornando comuns no final da República. Assim, o urbanismo simétrico (como um tabuleiro de xadrez) vai abrindo espaço a uma desorganização espacial da cidade

 A urbanização de Roma

Ammaia: cidade romana em Portugal
Maquete da cidade de Pompéia

Casa de romanos: as Insulae eram a moradia dos mais pobres. Neste tipo de moradia não havia saneamento básico



Interior de uma casa em Pompéia. As casas dos mais ricos possuíam banheiro e eram bem espaçosas. Considera-se que a casa abaixo seja de uma família de posses

Cloaca era o nome dado ao sistema de saneamento básico da cidade de Roma. Com o aumento populacional, doenças urbanas como a malária passaram a ser comuns. Esgotos deste tipo ajudavam no controle de doenças, visto que o lixo e os detritos (orgânicos ou não) poderiam ser despejados, diminuindo a pressão de doenças sobre a saúde do citadino e da cidade.
Vestimenta dos romanos



Reunião: patrícios ou plebeus? Os romanos ostentavam com suas festas regadas a vinho e muita comida. Acreditava-se que quanto mais farta a mesa, mais poderosa seria a pessoa
A elite: os donos do poder político e militar
Imperador e seus empregados

 General romano, soldado e estandarte

Aquila: a águia simbolizava o poder, dominação, força, majestade e disciplina. É o símbolo do poder político e militar do Império. O exército o levava como símbolo do poder das legiões romanas e era uma honra levá-la ao campo de batalha e uma desonra quando este caía nas mãos inimiga
nome dado ao sistema de saneamento básico da cidade de Roma. Com o aumento populacional, doenças urbanas como a malária passaram a ser comuns. Esgotos deste tipo ajudavam no controle de doenças, visto que o lixo e os detritos (orgânicos ou não) poderiam ser despejados, diminuindo a pressão de doenças sobre a saúde do citadino e da cidade.



A expansão territorial e os habitantes: Romanos X Bárbaros

       À medida que o Império expandia, povos não-romanos entravam pelas fronteiras romanas. Tal fenômeno ocorreu principalmente na Europa e nos primeiros séculos da Era Cristã. Com essa nova realidade, as lideranças destes não-romanos (por isso chamados pelo romanos de “bárbaros”) podiam fazer acordos com os vencedores romanos.
       Até onde se sabe, era possível que não-romanos que habitassem os limites das fronteiras do Império ganhassem o caráter de cidadão, mas foi (talvez) mais comum a criação dos “federados”. Estes eram “homens que pertenciam às chamadas nações-clientes, povos enfronhados nos limites do império que faziam “tratados de paz” com o imperador, oferecendo seus soldados em troca de benefícios, como terra e cidadania”.
       Todos estes homens eram mobilizados durante a guerra, podendo fazer parte das  legiões romanas Citação extraída de: http://origin.guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/barbaros-ao-lado-inimigo-434542.shtml



Sugestão de atividades (20 pontos)
Para essa primeira postagem acerca dos aspectos culturais dos povos da Europa no final da Antiguidade e início da Idade Média, vocês devem realizar as tarefas abaixo propostas.

1. Faça uma breve pesquisa sobre as divindades romanas. Cite e descreva pelo menos três deuses latinos.

2. Faça uma pesquisa sobre Mitra. Que deus é esse? Quais são suas características?

3. Faça uma pesquisa sobre a Expansão romana durante o período republicano. Na sua pesquisa, não se esqueça de abordar os seguintes temas:
3.1 - As Guerras Púnicas (o que foram, contra quem Roma lutou e por que)
3.2 - Quem foram Caio e Tibério Graco
3.3 - A tentativa de se realizar a Reforma Agrária em Roma. O que era? Quais os objetivos? A reforma teve sucesso? Sim, Não. Justifique sua resposta.
3.4 - Quais foram as consequências da Expansão romana.

4. Faça um pequeno texto sobre a crise republicana. Pesquise na internet sobre os motivos da crise da República romana.

5. Quem eram os bárbaros para os romanos? O termo "bárbaro" é preconceituoso? Faça uma pesquisa sobre esse termo na internet e escreva as suas conclusões a respeito.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Algumas imagens de moda ao longo do tempo

Imagens que podem ajudar aos alunos do 6o ano da Escola Municipal Rachide Salim Saker.





Imagens retiradas da Internet. Todos os créditos aos criadores

deuses e orixás




Imagens extraídas do Pinterest e da Internet. Todos os créditos aos criadores

terça-feira, 9 de maio de 2017

Período Regencial: As revoltas do período

extraído de resumoescolar.com.br em 16/5/2017
Fatores das rebeliões regenciais
* Instabilidade política provocada pelos choques dentro da classe dominante
* Crise econômico-financeira aumentando as contradições existentes

*Privilégios das elites
*Pressão do povo: o imperador deveria buscar reformas. Veio a abdicação e as reformas não foram feitas
As Revoltas
->Cabanagem (PA, 1835-1836)
* Miséria da população
* Moradias precárias
- A revolta teve início por conta da política repressiva do presidente da província
- Tomada do poder pelos cabanos por um tempo; a repressão forte aconteceu mais tarde
- Representou um forte (notável) movimento popular
Objetivos:
- conquista da independência da província do Grão-Pará
- Adesão de fazendeiros e comerciantes (estes aderiram porque pretendiam obter maior participação nas decisões administrativas e políticas da província)
- A revolta só termina efetivamente em 1840, com muitos cabanos mortos ou presos

-> Revolta dos Malês (1835)
- Movimento na cidade de Salvador (foi de 25/1/1835 a 27/1/1835)
- Promovida por "negros de ganho" islamizados (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos etc.)
- Livres, mas sofriam preconceito por serem negros e muçulmanos
Objetivos:
* a libertação dos escravos
* Fim do catolicismo
* Implantação  de uma república islâmica
* Confisco dos bens dos brancos e mulatos

- O plano da revolta foi escrito em árabe
- Saldo: muitas mortes, proibição de circulação de muçulmanos à noite; fim das práticas religiosas (muçulmanas etc.)

-> Sabinada (BA, 1837-1838)
- A revolta se deu logo após a Revolta dos Malês
- Contra o centralismo republicano e a favor do separatismo  provisório (até a maioridade do imperador)
- Líder: Sabino Álvares da Rocha Vieira (médico)
- Violenta guerra civil
- Feita por militares, integrantes da classe média (profissionais liberais, comerciantes etc.) e rica da Bahia
- Insatisfação em relação às imposições políticas do governo regencial
- Estopim: o governo central decretou recrutamento militar obrigatório para combater a Guerra dos Farrapos
- Objetivos:
* mais autonomia política e a instituição do federalismo republicano
!!! Com a ajuda dos militares, revoltosos tomaram quartéis e Salvador em 1837, decretando a República Bahiense (governo provisório até a maioridade de D. Pèdro II)
- Forte repressão do governo central e um saldo de milhares de mortos (estima-se 2 mil mortes)

-> Balaiada (MA, 1838 - 1841)
- Movimento de várias tendências, sem um programa político claramente definido
- Sociedade local insatisfeita com a miséria
- Participação de artesãos urbanos, vaqueiros e negros aquilombados realizaram ações de banditismo
- A elite usou o movimento para atacar o centralismo do Rio de Janeiro
- Apesar de conquistas, o movimento não se consolidou
++++ Líderes: - Francisco dos anjos (artesão conhecido como "Balaio")
                          - Nêgo Cosme (ex-escravo)
. O coronel Luís Alves de Lima e Silva é nomeado governador da província da região e pacifica a região. Mais tarde, o coronel seria o Duque de Caxias

Referências
Para esta postagem suscinta foram utilizados o material do Sistema Objetivo e o site Suapesquisa.com   

-> Guerra dos Farrapos (RS, SC, 1835-1845)
- Revolução de maior duração, chegou a ameaçar a unidade territorial com seu separatismo
Motivos:
* concorrência para o mercado de charque e seus similares que envolviam a região do Prata
* Situação se agrava com os impostos que encareciam o produto brasileiro
* Elite gaúcha infuenciada pelas ideias republicanas e federalistas em oposição ao centralismo da corte no Rio.
A Revolta
- Os farroupilhas (exaltados) rebelam-se contra o governo local e central
- Proclamação da República de Piratini, sob o comando de Bento Gonçalves
- Proclamação da República Juliana em Santa Catarina, por Davi Canabarro
Desfecho
No início do Segundo reinado, D. Pedro II mandou Caxias reprimir o movimento, pois ameaçava a unidade do Império
Após sucessivas batalhas, a República Rio grandense termina. As negociações para a paz estão assim resumidas no Site Só História:
A pacificação foi assinada em 1º de Março de 1845 em Ponche Verde, e tinha como principais pontos:

  • O Império assumia as dívidas do governo da República;
  • Os farroupilhas escolheriam o novo presidente da província - Caxias;
  • Os oficiais rio-grandenses seriam incorporados ao exército imperial nos mesmos postos, exceto os generais;
  • Todos os processos da justiça republicana continuavam válidos;
  • Todos os ex-escravos que lutaram no exército rio-grandense seriam declarados livres (mas muitos deles foram reescravizados depois);
  • Todos os prisioneiros de guerra seriam devolvidos à província.
Além do mais, o charque importado foi sobretaxado em 25%.

Com a pacificação no sul, o território brasileiro estava coeso e centralizado nas mãos do novo imperador.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Trabalho Filme Rei Arthur - 7o ano Escola Municipal Rachide da Glória Salim Saker - 2o trimestre 2017


O projeto

A turma assistirá o filme "Rei Arthur" de 2004 e a partir daí diversos trabalhos de pesquisa se desenvolverão sobre a Idade Média. A proposta do projeto é que a turma aprenda com o filme, sobre o filme, sobre o "conteúdo" da matéria que o filme traz e vá além, a partir de análises de determinados trechos da película. Após o filme, a turma realizará pesquisas e atividades

O Filme



A versão de 2004 é diferente das filmagens anteriores acerca da lenda do rei mítico da Inglaterra. Um novo enfoque é dado ao personagem principal, que possui características diferentes das lendas mais tradicionais, visto que ele é um soldado do Império Romano e que não serve Roma de forma voluntária. Ou melhor, havia certas leis no Império que obrigavam povos a servirem o exército por determinado tempo para engrossar nas fileiras das tropas de um Império já decadente
A sinopse da Wikipedia diz que
O filme conta uma história fictícia baseada em dados arqueológicos de que a lenda do Rei Arthur teria se originado em uma pessoa real, um comandante romano de nome Artur. No filme, que mistura as evidências históricas com elementos das lendas arturianas, Artur e seus Cavaleiros (provenientes de tribos conquistadas pelo Império Romano) enfrentam os saxões, que invadem a Grã-Bretanha quando o império em decadência está se retirando, deixando os habitantes da ilha a mercê dos invasores.
Rei Arthur foca-se nas disputas políticas, a queda do império romano, o avanço dos bárbaros saxões, os conflitos religiosos entre cristãos e pagãos e a tentativa desesperada de Arthur em manter a Britânia unida, onde culmina e barbárie desenfreada, afinal tudo era resolvido na espada, com sangue e morte. (visto em 5/4/2017)
A crítica
De maneira geral, os críticos de cinema não gostaram. Na verdade, aqui estamos falando de crítica de cinema, em que os olhos aguçados dos críticos analisam e avaliam tudo sobre o filme. De acordo com o que foi lido, os críticos não gostaram das questões técnicas relativas a tentar se criar um filme épico. Aqui estamos falando de músicas, cenários, o encaixe das músicas nas tomadas, incongruências nas sequencias etc. Bom, nesse caso, não há como discordar deles.
Por que então usar o filme, já que a crítica e muitos espectadores também não gostaram?
- Porque o Rei Arthur é uma lenda, um mito, não existiu. E apesar de a tradição literária (à exceção talvez de Cornwell que criou uma brilhante trilogia arturiana em um molde muito semelhante a esse filme) e cinematográfica colocar Arthur como um modelo e fantástico cavaleiro medieval, a hipótese mais plausível, do ponto de vista histórico, é que, se ele existiu nesse período (a Alta Idade Média), a sua realidade, o seu contexto histórico, seria a apresentada no filme. 
Sendo assim,
- qualquer artista de qualquer época ou lugar pode se apropriar do mito para fazer dele o que quiser!
- Porque apesar da violência talvez exagerada para certas idades, o filme se torna uma boa ilustração do período: armas, armaduras, vestimentas, utensílios, arquitetura etc. ajudam o professor na "ambientação" ou "vivência" do período;
Além disso,
- a interpretação dada ao filme pode nos levar a conclusões interessantes sobre a Alta Idade Média, tais como a discussão do que era um Bando de Guerreiros (comitatus), a influência da Igreja Católica no Império, a dicotomia entre Civilização (Império romano) X Barbárie (povos bretão e saxão), a ruralização, a escravidão, e tantas outras coisas que aparecem no filme;
- Enfim, o filme pode não ser bom, mas não é de todo inútil.
O Filme tem defeitos técnicos e imprecisões históricas...
Sim, mas qual não tem? A função do professor é justamente desconstruir as inverdades e imprecisões que aparecem no filme. A pesquisa realizada pelos alunos serve justamente para criar um conhecimento histórico mais próximo da produção de história acadêmica e dos livros didáticos. Ser impreciso não quer dizer inútil, muito pelo contrário, a sala de aula passa a ser o espaço de desconstrução e de desnaturalização de conceitos que vivem no senso comum (e que normalmente são provenientes dos filmes).
... Além disso é anacrônico
Quanto ao anacronismo: cada dia que passa mais eu acredito que nós professores acabamos entrando nesse anacronismo para nos fazermos nos entender. Assim são os filmes também. Para resolver isso, temos as aulas expositivas, as atividades, as pesquisas, os debates e as conclusões que serão tomadas ao longo das aulas que serão dadas sobre o tema do filme. Ninguém aqui vai cometer nenhum crime teórico!

Atividades
Após assistir o filme:
1. Pesquise sobre quem foi Rei Arthur da Inglaterra. A pesquisa deve responder as seguintes questões:
a) Quem foi Rei Arthur? Ele existiu? De onde ele é?
b) Existem diferenças de como o Rei Arthur é mostrado nos outros filmes? E nos livros, como ele é caracterizado?
c) Indique quantos livros e quantos filmes você descobriu na internet sobre Rei Arthur.
d) Conte de forma resumida a versão do Rei Arthur que você mais gostou.
2. Arthur nessa versão do filme é um soldado romano.
a) A partir do filme, conte com suas palavras como Arthur passou a servir o Império Romano 
b) Qual a importância da Igreja Católica para a vida dos romanos e do Império Romano? Faça uma pesquisa sobre isso e utilize o filme para ilustrar o que você afirmou em sua pesquisa.
3. Faça uma pesquisa sobre o final do Império romano e as invasões bárbaras que ocorreram no século V.
4. No filme aparece um poderoso senhor de terras no interior da Inglaterra possuidor de uma fazenda e um grupo de escravos. Sabemos que essa realidade foi se alterando ao longo do tempo. A escravidão romana foi sendo substituída pela servidão. Essa é uma importante marca da Idade Média.
A partir disso responda:
a) O que foi o processo de ruralização do final do Império Romano? Quais razões levaram a seu surgimento?
b) O que é colonato?
c) Apresente as diferenças entre o trabalho escravo e o trabalho servil que existiu no feudalismo europeu da Idade Média.
5. no filme, a Inglaterra é invadida por saxões.
a) Que período histórico se passa o filme?
b) Essa invasão é historicamente correta? Comprove a sua afirmativa com uma pesquisa sobre o período em que a história do filme se passa.
c) Quem eram os saxões?
6. Os saxões eram um povo europeu conhecido pelos romanos por serem bárbaros, não civilizados e pagãos. Além deles, outros povos não romanizados existiam na Europa e a partir do século V investiram, de forma pacífica ou não (como no caso das Invasões Bárbaras) no Império Romano. Esses povos passaram a ser conhecidos por "Povos Germânicos".
Faça uma pesquisa sobre a vida e os costumes dos povos germânicos antes de entrarem em contato com os romanos, levando em consideração:
a) características políticas
b) características sociais
c) características econômicas
d) características culturais
e) características religiosas
7. O que era o Comitatus?
8. Você percebeu alguma relação do filme com o conteúdo discutido em sala e lido no seu livro didático? Justifique sua resposta apresentando uma conclusão sobre o que foi estudado.

Aspectos gerais do Primeiro Reinado (1822 - 1831)

Primeiro Reinado (1822 – 1831)
  • Proclamação da Independência em 7 de setembro de 1822
Lutas de Independência
  • Historiadores apontam para a luta de populares no processo de independência
  • Isto implica em questionar a “Independência pacífica”defendida pela História tradicional e marcada no quadro clássico de Pedro Américo
  • Alguns locais em que ocorreram combates:

  • Pernambuco 1817
  • Bahia 1822: a Batalha do Pirajá
  • Bahia 1823: os baianos lutaram contra tropas portuguesas
  • Piauí 1823: Batalha do Jenipapo
  • Manutenção dos interesses agro-exportadores e escravistas
  • Criação de um Estado Nacional centrado em uma monarquia
  • Formação do Estado Nacional a partir de uma Monarquia Constitucional
  • Primeira Constituição: 1823 – a Constituição da Mandioca. Tem esse nome devido ao seu caráter censitário a partir da obrigatoriedade de se provar, para ser considerado cidadão, determinados alqueires de mandioca. Sendo assim, para ser eleitor, o cidadão comprovaria a posse ou usufroto da terra, deixando de fora da participação política comerciantes, portugueses comerciantes e a maior parte da população do país.
  • Apesar da aliança anterior ao processo de independência, D. Pedro I e as elites brasileiras tinham projetos politicos um pouco distintos:
  • D. Pedro I queria criar uma monarquia absolutista ao estilo europeu
  • O Partido Brasileiro almejava a criação de uma Monarquia Parlamentar ao estillo ingles
  • A Constituição da Mandioca não foi concluída; D. Pedro I fechou a assembleia e convocou uma nova, mais de acordo com os seus interesses.
A Nova Constituição
A Constituição Outorgada de 1824
extraído de https://filosofandoehistoriando.blogspot.com.br/2009/07/constituicao-outorgada-de-1824.html em 27/4/2017)

- Monarquia hereditária constitucional;
- Quatro poderes – Executivo, Legislativo, Judiciário, de acordo com os princípios iluministas, e Moderador, que era exclusivo do imperador;
- Voto censitário – só poderia ser eleitor homem com renda mínima de 100 mil réis, e a partir de 25 anos;
- O Legislativo era composto de senadores vitalícios, com renda mínima de 800 mil réis e deputados, cuja renda exigida era de 400 mil réis por ano;
Conselho de Estado – comissão escolhida e nomeada pelo próprio imperador para auxiliá-lo.
A Confederação do Equador (1824)
  • Características: antilusitanismo, republicanismo e separatismo
  • Absolutismo do imperador: nomeação de Paes Barreto para a presidencia da província
  • Proclamação da República
  • Adesão do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba (Confederação do Equador)
  • Adoção da Constituição da Colômbia
A Crise do Primeiro Reinado (1822-1831)
  • Fatores:

  • Absolutismo do Imperador
  • Antilusitanismo
  • Ameaça recolonizadora
  • Política desastrosa de D. Pedro
  • Assassinato de Libero Badaró, que pode ter sido a mando de D. Pedro (de acordo com o próprio Badaró teria sido o ouvidor Candido Ladislau Japi-Assú).
  • Noite das Garrafadas”: 12/3/1831
  • derrota na Guerra Cisplatina (1828)
  • Abdicação em 7/4/1831