segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Algumas imagens de moda ao longo do tempo

Imagens que podem ajudar aos alunos do 6o ano da Escola Municipal Rachide Salim Saker.





Imagens retiradas da Internet. Todos os créditos aos criadores

deuses e orixás




Imagens extraídas do Pinterest e da Internet. Todos os créditos aos criadores

terça-feira, 9 de maio de 2017

Período Regencial: As revoltas do período

extraído de resumoescolar.com.br em 16/5/2017
Fatores das rebeliões regenciais
* Instabilidade política provocada pelos choques dentro da classe dominante
* Crise econômico-financeira aumentando as contradições existentes

*Privilégios das elites
*Pressão do povo: o imperador deveria buscar reformas. Veio a abdicação e as reformas não foram feitas
As Revoltas
->Cabanagem (PA, 1835-1836)
* Miséria da população
* Moradias precárias
- A revolta teve início por conta da política repressiva do presidente da província
- Tomada do poder pelos cabanos por um tempo; a repressão forte aconteceu mais tarde
- Representou um forte (notável) movimento popular
Objetivos:
- conquista da independência da província do Grão-Pará
- Adesão de fazendeiros e comerciantes (estes aderiram porque pretendiam obter maior participação nas decisões administrativas e políticas da província)
- A revolta só termina efetivamente em 1840, com muitos cabanos mortos ou presos

-> Revolta dos Malês (1835)
- Movimento na cidade de Salvador (foi de 25/1/1835 a 27/1/1835)
- Promovida por "negros de ganho" islamizados (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos etc.)
- Livres, mas sofriam preconceito por serem negros e muçulmanos
Objetivos:
* a libertação dos escravos
* Fim do catolicismo
* Implantação  de uma república islâmica
* Confisco dos bens dos brancos e mulatos

- O plano da revolta foi escrito em árabe
- Saldo: muitas mortes, proibição de circulação de muçulmanos à noite; fim das práticas religiosas (muçulmanas etc.)

-> Sabinada (BA, 1837-1838)
- A revolta se deu logo após a Revolta dos Malês
- Contra o centralismo republicano e a favor do separatismo  provisório (até a maioridade do imperador)
- Líder: Sabino Álvares da Rocha Vieira (médico)
- Violenta guerra civil
- Feita por militares, integrantes da classe média (profissionais liberais, comerciantes etc.) e rica da Bahia
- Insatisfação em relação às imposições políticas do governo regencial
- Estopim: o governo central decretou recrutamento militar obrigatório para combater a Guerra dos Farrapos
- Objetivos:
* mais autonomia política e a instituição do federalismo republicano
!!! Com a ajuda dos militares, revoltosos tomaram quartéis e Salvador em 1837, decretando a República Bahiense (governo provisório até a maioridade de D. Pèdro II)
- Forte repressão do governo central e um saldo de milhares de mortos (estima-se 2 mil mortes)

-> Balaiada (MA, 1838 - 1841)
- Movimento de várias tendências, sem um programa político claramente definido
- Sociedade local insatisfeita com a miséria
- Participação de artesãos urbanos, vaqueiros e negros aquilombados realizaram ações de banditismo
- A elite usou o movimento para atacar o centralismo do Rio de Janeiro
- Apesar de conquistas, o movimento não se consolidou
++++ Líderes: - Francisco dos anjos (artesão conhecido como "Balaio")
                          - Nêgo Cosme (ex-escravo)
. O coronel Luís Alves de Lima e Silva é nomeado governador da província da região e pacifica a região. Mais tarde, o coronel seria o Duque de Caxias

Referências
Para esta postagem suscinta foram utilizados o material do Sistema Objetivo e o site Suapesquisa.com   

-> Guerra dos Farrapos (RS, SC, 1835-1845)
- Revolução de maior duração, chegou a ameaçar a unidade territorial com seu separatismo
Motivos:
* concorrência para o mercado de charque e seus similares que envolviam a região do Prata
* Situação se agrava com os impostos que encareciam o produto brasileiro
* Elite gaúcha infuenciada pelas ideias republicanas e federalistas em oposição ao centralismo da corte no Rio.
A Revolta
- Os farroupilhas (exaltados) rebelam-se contra o governo local e central
- Proclamação da República de Piratini, sob o comando de Bento Gonçalves
- Proclamação da República Juliana em Santa Catarina, por Davi Canabarro
Desfecho
No início do Segundo reinado, D. Pedro II mandou Caxias reprimir o movimento, pois ameaçava a unidade do Império
Após sucessivas batalhas, a República Rio grandense termina. As negociações para a paz estão assim resumidas no Site Só História:
A pacificação foi assinada em 1º de Março de 1845 em Ponche Verde, e tinha como principais pontos:

  • O Império assumia as dívidas do governo da República;
  • Os farroupilhas escolheriam o novo presidente da província - Caxias;
  • Os oficiais rio-grandenses seriam incorporados ao exército imperial nos mesmos postos, exceto os generais;
  • Todos os processos da justiça republicana continuavam válidos;
  • Todos os ex-escravos que lutaram no exército rio-grandense seriam declarados livres (mas muitos deles foram reescravizados depois);
  • Todos os prisioneiros de guerra seriam devolvidos à província.
Além do mais, o charque importado foi sobretaxado em 25%.

Com a pacificação no sul, o território brasileiro estava coeso e centralizado nas mãos do novo imperador.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Trabalho Filme Rei Arthur - 7o ano Escola Municipal Rachide da Glória Salim Saker - 2o trimestre 2017


O projeto

A turma assistirá o filme "Rei Arthur" de 2004 e a partir daí diversos trabalhos de pesquisa se desenvolverão sobre a Idade Média. A proposta do projeto é que a turma aprenda com o filme, sobre o filme, sobre o "conteúdo" da matéria que o filme traz e vá além, a partir de análises de determinados trechos da película. Após o filme, a turma realizará pesquisas e atividades

O Filme



A versão de 2004 é diferente das filmagens anteriores acerca da lenda do rei mítico da Inglaterra. Um novo enfoque é dado ao personagem principal, que possui características diferentes das lendas mais tradicionais, visto que ele é um soldado do Império Romano e que não serve Roma de forma voluntária. Ou melhor, havia certas leis no Império que obrigavam povos a servirem o exército por determinado tempo para engrossar nas fileiras das tropas de um Império já decadente
A sinopse da Wikipedia diz que
O filme conta uma história fictícia baseada em dados arqueológicos de que a lenda do Rei Arthur teria se originado em uma pessoa real, um comandante romano de nome Artur. No filme, que mistura as evidências históricas com elementos das lendas arturianas, Artur e seus Cavaleiros (provenientes de tribos conquistadas pelo Império Romano) enfrentam os saxões, que invadem a Grã-Bretanha quando o império em decadência está se retirando, deixando os habitantes da ilha a mercê dos invasores.
Rei Arthur foca-se nas disputas políticas, a queda do império romano, o avanço dos bárbaros saxões, os conflitos religiosos entre cristãos e pagãos e a tentativa desesperada de Arthur em manter a Britânia unida, onde culmina e barbárie desenfreada, afinal tudo era resolvido na espada, com sangue e morte. (visto em 5/4/2017)
A crítica
De maneira geral, os críticos de cinema não gostaram. Na verdade, aqui estamos falando de crítica de cinema, em que os olhos aguçados dos críticos analisam e avaliam tudo sobre o filme. De acordo com o que foi lido, os críticos não gostaram das questões técnicas relativas a tentar se criar um filme épico. Aqui estamos falando de músicas, cenários, o encaixe das músicas nas tomadas, incongruências nas sequencias etc. Bom, nesse caso, não há como discordar deles.
Por que então usar o filme, já que a crítica e muitos espectadores também não gostaram?
- Porque o Rei Arthur é uma lenda, um mito, não existiu. E apesar de a tradição literária (à exceção talvez de Cornwell que criou uma brilhante trilogia arturiana em um molde muito semelhante a esse filme) e cinematográfica colocar Arthur como um modelo e fantástico cavaleiro medieval, a hipótese mais plausível, do ponto de vista histórico, é que, se ele existiu nesse período (a Alta Idade Média), a sua realidade, o seu contexto histórico, seria a apresentada no filme. 
Sendo assim,
- qualquer artista de qualquer época ou lugar pode se apropriar do mito para fazer dele o que quiser!
- Porque apesar da violência talvez exagerada para certas idades, o filme se torna uma boa ilustração do período: armas, armaduras, vestimentas, utensílios, arquitetura etc. ajudam o professor na "ambientação" ou "vivência" do período;
Além disso,
- a interpretação dada ao filme pode nos levar a conclusões interessantes sobre a Alta Idade Média, tais como a discussão do que era um Bando de Guerreiros (comitatus), a influência da Igreja Católica no Império, a dicotomia entre Civilização (Império romano) X Barbárie (povos bretão e saxão), a ruralização, a escravidão, e tantas outras coisas que aparecem no filme;
- Enfim, o filme pode não ser bom, mas não é de todo inútil.
O Filme tem defeitos técnicos e imprecisões históricas...
Sim, mas qual não tem? A função do professor é justamente desconstruir as inverdades e imprecisões que aparecem no filme. A pesquisa realizada pelos alunos serve justamente para criar um conhecimento histórico mais próximo da produção de história acadêmica e dos livros didáticos. Ser impreciso não quer dizer inútil, muito pelo contrário, a sala de aula passa a ser o espaço de desconstrução e de desnaturalização de conceitos que vivem no senso comum (e que normalmente são provenientes dos filmes).
... Além disso é anacrônico
Quanto ao anacronismo: cada dia que passa mais eu acredito que nós professores acabamos entrando nesse anacronismo para nos fazermos nos entender. Assim são os filmes também. Para resolver isso, temos as aulas expositivas, as atividades, as pesquisas, os debates e as conclusões que serão tomadas ao longo das aulas que serão dadas sobre o tema do filme. Ninguém aqui vai cometer nenhum crime teórico!

Atividades
Após assistir o filme:
1. Pesquise sobre quem foi Rei Arthur da Inglaterra. A pesquisa deve responder as seguintes questões:
a) Quem foi Rei Arthur? Ele existiu? De onde ele é?
b) Existem diferenças de como o Rei Arthur é mostrado nos outros filmes? E nos livros, como ele é caracterizado?
c) Indique quantos livros e quantos filmes você descobriu na internet sobre Rei Arthur.
d) Conte de forma resumida a versão do Rei Arthur que você mais gostou.
2. Arthur nessa versão do filme é um soldado romano.
a) A partir do filme, conte com suas palavras como Arthur passou a servir o Império Romano 
b) Qual a importância da Igreja Católica para a vida dos romanos e do Império Romano? Faça uma pesquisa sobre isso e utilize o filme para ilustrar o que você afirmou em sua pesquisa.
3. Faça uma pesquisa sobre o final do Império romano e as invasões bárbaras que ocorreram no século V.
4. No filme aparece um poderoso senhor de terras no interior da Inglaterra possuidor de uma fazenda e um grupo de escravos. Sabemos que essa realidade foi se alterando ao longo do tempo. A escravidão romana foi sendo substituída pela servidão. Essa é uma importante marca da Idade Média.
A partir disso responda:
a) O que foi o processo de ruralização do final do Império Romano? Quais razões levaram a seu surgimento?
b) O que é colonato?
c) Apresente as diferenças entre o trabalho escravo e o trabalho servil que existiu no feudalismo europeu da Idade Média.
5. no filme, a Inglaterra é invadida por saxões.
a) Que período histórico se passa o filme?
b) Essa invasão é historicamente correta? Comprove a sua afirmativa com uma pesquisa sobre o período em que a história do filme se passa.
c) Quem eram os saxões?
6. Os saxões eram um povo europeu conhecido pelos romanos por serem bárbaros, não civilizados e pagãos. Além deles, outros povos não romanizados existiam na Europa e a partir do século V investiram, de forma pacífica ou não (como no caso das Invasões Bárbaras) no Império Romano. Esses povos passaram a ser conhecidos por "Povos Germânicos".
Faça uma pesquisa sobre a vida e os costumes dos povos germânicos antes de entrarem em contato com os romanos, levando em consideração:
a) características políticas
b) características sociais
c) características econômicas
d) características culturais
e) características religiosas
7. O que era o Comitatus?
8. Você percebeu alguma relação do filme com o conteúdo discutido em sala e lido no seu livro didático? Justifique sua resposta apresentando uma conclusão sobre o que foi estudado.

Aspectos gerais do Primeiro Reinado (1822 - 1831)

Primeiro Reinado (1822 – 1831)
  • Proclamação da Independência em 7 de setembro de 1822
Lutas de Independência
  • Historiadores apontam para a luta de populares no processo de independência
  • Isto implica em questionar a “Independência pacífica”defendida pela História tradicional e marcada no quadro clássico de Pedro Américo
  • Alguns locais em que ocorreram combates:

  • Pernambuco 1817
  • Bahia 1822: a Batalha do Pirajá
  • Bahia 1823: os baianos lutaram contra tropas portuguesas
  • Piauí 1823: Batalha do Jenipapo
  • Manutenção dos interesses agro-exportadores e escravistas
  • Criação de um Estado Nacional centrado em uma monarquia
  • Formação do Estado Nacional a partir de uma Monarquia Constitucional
  • Primeira Constituição: 1823 – a Constituição da Mandioca. Tem esse nome devido ao seu caráter censitário a partir da obrigatoriedade de se provar, para ser considerado cidadão, determinados alqueires de mandioca. Sendo assim, para ser eleitor, o cidadão comprovaria a posse ou usufroto da terra, deixando de fora da participação política comerciantes, portugueses comerciantes e a maior parte da população do país.
  • Apesar da aliança anterior ao processo de independência, D. Pedro I e as elites brasileiras tinham projetos politicos um pouco distintos:
  • D. Pedro I queria criar uma monarquia absolutista ao estilo europeu
  • O Partido Brasileiro almejava a criação de uma Monarquia Parlamentar ao estillo ingles
  • A Constituição da Mandioca não foi concluída; D. Pedro I fechou a assembleia e convocou uma nova, mais de acordo com os seus interesses.
A Nova Constituição
A Constituição Outorgada de 1824
extraído de https://filosofandoehistoriando.blogspot.com.br/2009/07/constituicao-outorgada-de-1824.html em 27/4/2017)

- Monarquia hereditária constitucional;
- Quatro poderes – Executivo, Legislativo, Judiciário, de acordo com os princípios iluministas, e Moderador, que era exclusivo do imperador;
- Voto censitário – só poderia ser eleitor homem com renda mínima de 100 mil réis, e a partir de 25 anos;
- O Legislativo era composto de senadores vitalícios, com renda mínima de 800 mil réis e deputados, cuja renda exigida era de 400 mil réis por ano;
Conselho de Estado – comissão escolhida e nomeada pelo próprio imperador para auxiliá-lo.
A Confederação do Equador (1824)
  • Características: antilusitanismo, republicanismo e separatismo
  • Absolutismo do imperador: nomeação de Paes Barreto para a presidencia da província
  • Proclamação da República
  • Adesão do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba (Confederação do Equador)
  • Adoção da Constituição da Colômbia
A Crise do Primeiro Reinado (1822-1831)
  • Fatores:

  • Absolutismo do Imperador
  • Antilusitanismo
  • Ameaça recolonizadora
  • Política desastrosa de D. Pedro
  • Assassinato de Libero Badaró, que pode ter sido a mando de D. Pedro (de acordo com o próprio Badaró teria sido o ouvidor Candido Ladislau Japi-Assú).
  • Noite das Garrafadas”: 12/3/1831
  • derrota na Guerra Cisplatina (1828)
  • Abdicação em 7/4/1831

domingo, 2 de abril de 2017

Periodização: Linha do Tempo do Brasil colonial - Tempo-espaço parte 4





Abaixo está uma linha do tempo específica do Período Colonial












Extraído de http://hid0141.blogspot.com.br/2014/08/periodo-pre-colonial-no-brasil.html, em 2/4/17



Periodização História do Brasil - Sobre Tempo e Espaço - Parte 3




Continuando o papo sobre periodização, abaixo está uma linha do Tempo sobre a História do Brasil. É importante estudar as duas linhas do tempo para facilitar a localização espaço - temporal.



Extraído de http://leonidasfelipe.blogspot.com.br/2015/11/mapas-mentais-periodos-da-historia-do.html, em 2/4/17

A linha do tempo abaixo apresenta os eventos e períodos da História Geral e a do Brasil (sempre a partir de uma perspectiva europeia, como dito antes)


Extraído de http://www.geocities.ws/prof_adhemar/01hbr1.1a.html, em 2/4/17


Algumas orientações sobre se localizar no tempo e no espaço - Parte 2

Abaixo está uma linha do tempo de História Geral que pode ajudar vocês a se localizarem no tempo.

Ela foi tirada do slideshare. Não sei qual é o autor.

Ela está bem correta para os estudos.
























Extraído de https://www.resumoescolar.com.br/historia/divisao-dos-periodos-historicos-pre-historia-idade-antiga-media-moderna-e-contemporanea/, em 2/4/17

Algumas orientações sobre se localizar no tempo e no espaço - Parte 1

Alguns alunos me pediram algumas orientações no sentido de tentar se localizar no tempo histórico e no espaço. Ou melhor, identificar os acontecimentos que ocorrem ao mesmo tempo, tanto na História do Brasil, como na História Geral. Para isso, é necessário saber de alguns elementos do estudo de história e de temporalidade em História.

O que vou fazer aqui não é um ensaio acadêmico ou parecido porque não é o meu publico- alvo. Tratarei do assunto de forma didática, para que alunos do ensino médio possam esclarecer, ou ajudar a esclarecer, as dúvidas quanto a isso (por isso reducionismos didáticos poderão ser realizados).

Alguns conceitos ou abordagens importantes sobre a temporalidade

O Tempo é um dos principais, senão principal, elemento de estudo do historiador. Por ele tratar das sociedades do passado, ele tem que lidar com o tempo. Desse modo, ele instituiu o Tempo Histórico, que é aquele instrumento que vai permitir o estudo de história.

Dentro desse estudo sobre o tempo, existem diferentes abordagens que eu poderia citar aqui, mas, como estamos falando de História para alunos do ensino médio, trataremos do Tempo Histórico, a partir dos seguintes conceitos e ideias:
- O Tempo Histórico é diferente do Tempo Cronológico (que é o tempo medido pelo relógio, calendário etc.)
- Lidaremos com a Divisão Tradicional do Tempo Histórico, ou seja, aquela divisão de Períodos históricos a partir de uma linha do tempo. Essa divisão é questionada, mas é aquela mais trabalhada em sala de aula, porque é a mais rápida de ser apreendida pelos alunos.
- Nesta divisão tradicional, temos os seguintes períodos históricos:
* Pré- História: que começa na origem do Homem e termina no ano 4000 a. C. (data atribuída ao primeiro documento escrito)
* Idade Antiga: inicia no ano 4000 a. C. e termina no ano 476 (data da queda do Império Romano do Ocidente pelos bárbaros invasores)
* Idade Média: inicia no ano 476 e termina no ano 1453 (data da queda do Império Bizantino, com a tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos)
Idade Moderna: inicia em 1453 e termina em 1789 com a Revolução Francesa
Idade Contemporânea: inicia em 1789 e chega aos dias atuais; é o período corrente

Percebemos por essa breve exposição que essa divisão é baseada na história européia, ou seja, desconsidera as etapas dos outros povos e culturas. Mais do que isso, essa divisão os incorpora a partir de um centro europeu de produção de História dominante, que absorve os demais povos para a sua própria História (como povos dominados ou periféricos.

A ideia contida nessa divisão é a de que os marcos históricos que separam os diferentes períodos indicam mudanças nas sociedades. Mudanças profundas, que determinam então a saída de um período histórico e a entrada em outro. Até o mais desatento percebe que aqui existem muitos problemas.... Mas vamos deixar esses problemas de lado e continuar.

- A divisão tradicional da História foi criada no século XIX. A partir do século XX, alguns historiadores aprofundaram os estudos sobre o tempo e trouxeram alguns conceitos que são importantes para a gente que está no Ensino Médio. São esses conceitos - e as suas aplicações nos conteúdos de História - que podem sanar as dúvidas dos alunos.
Os principais conceitos desses historiadores são: os eventos de longa duração, de média duração e os de curta duração.

A longa duração seria assim, o período mais lento, o período das estruturas, em que os aspectos sociais e econômicos mudam de forma mais lenta. A longa duração é aquela medida que as pessoas que vivem no período não sentem, e que por isso são estudadas pelo historiador, que vai dar nome a elas. Por exemplo: quando falamos sobre o "o Feudalismo". Esse foi um período longo, de mudanças lentas e que os seres humanos que viveram o período não sentiam essas mudanças e muito menos codificaram o momento de vida deles como feudal. Quem fez isso foi um historiador, muito tempo mais tarde.
O tempo de média duração é aquele que não é percebido tão prontamente (de imediato) pelas pessoas e que corresponde a um momento intermediário entre o tempo longo e o tempo curto. Quando percebido, é comentado pelos contemporâneos como períodos, momentos. É a conjuntura, como por exemplo, quando falamos sobre o período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985).

O de curta duração é o evento, ou seja, o próprio fato histórico.


A partir desses conhecimentos, temos que estar atentos ao conteúdo que o professor está abordando em sala de aula e perceber de qual estrutura o professor está falando. 

Mas o que é estrutura?
Para responder a pergunta, vou citar um trecho da Infopedia e traduzi-lo.
A estrutura pode ser tida pois como um sistema. Nas Ciências Históricas, a estrutura representa assim um complexo temporal espacial definido por vários séculos ou por durações cronológicas extensas, composta de conjunturas variáveis, com pontos de contacto entre si que fazem com que a estrutura seja um todo, mesmo que formado por contrastes ou continuidades.
(https://www.infopedia.pt/$estrutura-(historia), visto em 2/4/2017)
O trecho quer dizer o seguinte: 
- Estrutura é um sistema;
- Estrutura é um período longo de tempo (vários séculos ou qualquer duração longa)
- Dentro deste período longo, aparecem várias conjunturas, que são variáveis
- Essas conjunturas se conectam entre si, dando a ideia para essa realidade de tempo de algo coeso, dando uma ideia de totalidade.

Voltando ao exemplo do Feudalismo. Por que afirmar que a Europa dos séculos V- XV era feudal, se sabemos que as economias e as sociedades de Portugal, França, Inglaterra, Espanha etc. eram diferentes?
As respostas são muitas. Vou dar alguns exemplos somente.

Porque apesar de diferentes, tinham elementos que as constituíam iguais ou semelhantes:
o fato de um senhor feudal controlar os seus camponeses e de a economia (de todos os lugares da Europa deste período) ter sido rural e de subsistência por um bom tempo.
Pelo fato de o comércio ter voltado com maior força a partir do século XI,
Pelo fato de as classes dominantes destes lugares serem compostas por senhores de terras guerreiros
Pelo fato de a Igreja Católica exercer um forte poder político, cultural, religioso etc. entre outras coisas

Sendo assim, podemos dizer que entre os séculos V-XV a Europa passou por uma Estrutura calcada no Feudalismo

O termo possui mais significações, mas elas giram em torno dessa ideia central que apresentei aqui.

Para quem não sabe o que é Conjuntura
A Conjuntura é a palavra que está de acordo com as circunstâncias em que ocorre determinado fenômeno ou quando o fenômeno ocorre em determinado espaço de tempo.
Conjuntura é a situação. Esta pode acontecer ao mesmo tempo ou em uma sucessão do tempo.
Talvez aqui esteja parte da dúvida dos alunos.

Vamos resolver a conjuntura a partir de um exemplo da última aula do 3o ano do Intellectus Botafogo, no dia 30 de março de 2017.

A aula era sobre Invasões Holandesas. Qual seria a conjuntura, a situação, daquele momento para a História do Brasil e de Portugal? Vamos lá:
A resposta curta e grossa seria: a UNIÃO IBÉRICA!!!!
No entanto, História não é Física e por isso não há uma resposta simples que responda a todos os requisitos. Nós temos que levar em consideração os desdobramentos e os outros episódios que ocorrem SIMULTANEAMENTE a União Ibérica. Neste caso, temos que levar em conta a autonomia das Províncias Unidas dos Países Baixos, a inimizade entre Espanha e Holanda, as invasões no Nordeste brasileiro (com seus interesses, motivos, consequências etc), as invasões holandesas em Angola e em outras colônias portuguesas na África, as revoltas que sucederam após a saída de Nassau da administração....
Isso tudo faz parte de uma conjuntura em que a produção do açúcar brasileiro movia interesses não só de portugueses.

Para fechar essa parte: Essa conjuntura acima exposta está dentro de um contexto maior, de uma ESTRUTURA, ligada ao Capitalismo Comercial, ao processo de colonização e a Consolidação dos Estados Nacionais europeus como Estados Nacionais centralizados e capitalistas.